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sexta-feira, 5 de junho de 2009

Mirage 2000

Mirage 2000 foi desenvolvido pela Dassault Aviation para a Armée de l'Air em substituição ao programa Avion de Combat Futur. A Dassault Aviation visava atender as necessidades francesas e repetir o sucesso comercial internacional alcançado pelo Mirage III, competindo com o americano F-16.
O primeiro vôo do protótipo ocorreu em 10 de março de 1978. Entrou em serviço em 1984. Atualmente está em processo de substituição pelo
Dassault Rafale, que entrou em serviço em 27 de junho de 2006.


Variantes

Mirage 2000C
A primeira versão a entrar em serviço foi o Mirage 2000C. O Mirage 2000C é um interceptador, não possuindo ainda características de caça multimissão. Um total de 124 caças foram construídos para a AdA.
Os primeiros Mirage 2000Cs foram entregues com o radar Thompson-CSF RDM (Radar Doppler Multifunction). Posteriormente, entrou em serviço o radar RDI (Radar Doppler), muito mais capaz que seu antecessor.

Mirage 2000B
Variante de treinamento com dois assentos do Mirage 2000C. A AdA adquiriu um total de 30 aeronaves.

Mirage 2000N e 2000D
O Mirage 2000N é uma variante desenvolvida para o ataque nuclear. Substituiu o
Mirage IV nesta função. É uma aeronave de dois lugares e carrega um único míssil ASMP. Pode realizar ataques com armas convencionais como o míssil antinavio Exocet AM 39, anti-radar Armat, bombas guiadas e até o míssil cruise Apache.
O Mirage 2000D é uma variante dedicada ao ataque convencional.

Mirage 2000-5 e 2000F
Devido a perda de capacidade do Mirage 2000 diante de aeronaves mais modernas e o tempo ainda necessário para a entrada em produção do seu sucessor, o
Dassault Rafale, foi criada uma nova versão aproveitando a eletrônica desenvolvida para o Rafale. Ao contrário do Mirage 2000C (interceptador) e do Mirage 2000D (caça de ataque), o Mirage 2000-5 é um caça multimissão graças principalmente ao radar RDY (Radar Doppler Multitarget). 37 aeronaves foram atualizadas para o novo padrão e renomeadas como Mirage 2000F.
Uma versão desta variante usando o radar RDY-2 entre outras atualizações é conhecida como Mirage 2000-5 mark 2.

Demais nomenclaturas
Mirage 2000E é o nome dado a versão de exportação do Mirage 2000C. Na época, a França impôs como restrição de exportação para o caça a troca do radar RDI pelo radar RDM+. Como é hábito da Dassault foi criada uma nomenclatura para cada venda realizada.
É motivo de controvérsia as capacidades das aeronaves entregues a cada operador, como também é sabido que ocorreram atualizações locais, como é o caso da India.
As nomenclaturas das versões de exportação são: Miragem 2000M (Egito), Mirage 2000H (India), Mirage 2000P (Peru), Mirage 2000EI (Taiwan), Mirage 2000EDA (Qatar), Mirage 2000EAD (Emirados Árabes) e Mirage 2000EG (Grécia).
O Mirage 2000-9 é a versão de exportação do Mirage 2000-5 mark 2 e foi vendida para os Emirados Árabes que também contratou a atualização dos aviãos antigos para o mesmo padrão.


Uso em combate
O Mirage 2000 foi utilizado em combate pela AdA na Primeira Guerra do Golfo, Bósnia, Kosovo e Afeganistão.

Mirage 2000 no Brasil
No fim da década de 90 a Força Aérea Brasileira criou o projeto FX, que consistia na escolha de um novo caça que substituísse os
Mirage IIIE, baseados em Anápolis. Foram pré-selecionados os seguintes modelos: Lockheed Martin F-16 C/D, JAS 39 Grippen A/B, MIG 29, Sukhoi 27, Eurofighter 2000 e o Mirage 2000-5.
A Embraer apoiou o o Mirage 2000-5, projetando em conjunto com a
Dassault Aviation, uma versão que atendesse aos requisitos da Força Aérea Brasileira, batizada de Mirage 2000Br.
A aeronave foi oferecida através de um
consórcio da Embraer e a Dassault.
Com a demora da decisão na concorrência da Índia, a Dassault anunciou o fechamento da linha de produção do Mirage 2000. Com o novo programa aberto com o nome de FX-2 para a compra inicial de 36 caças, o concorrente francês passou a ser o Rafale F3.
O projeto FX-2 está em sua fase final. O RFP foi emitido pela FAB para três concorrentes: o Rafale F3, o JAS Gripen NG e o F-18 E/F Super Hornet. Enquanto a lacuna nao é coberta, o governo brasileiro decidiu comprar 12 caças Mirage 2000 B/C usados da França, a fim de dar uma solução provisória ao problema de superioridade aérea brasileira.
Pelo acordo de 80 milhões de euros, a França forneceu 12 aviões de caças que se encontram operando na AdA, além de peças, armamentos, treinamento e serviços. Todas as aeronaves passaram por uma grande revisão antes da entrega, o que lhe permite ser operado até 2025. Todas as 12 aeronaves foram entregues entre 2005 e 2008. A FAB estuda a possibilidade de criar um segundo esquadrão também com aeronaves usadas.

Mirage 2000c

Características
Radar Multialvos RDY-2.05.
Sistema Digital de Guerra Eletrônica ICMS MK3 integrado aos demais sistemas da aeronave.
Sistema de Comandos Elétricos de Vôo (
FLY-BY-WIRE).
Sistema Inercial a giros laser acoplado ao GPS.
Sistema de Enlace de Dados (DATALINK) para comunicações Ar-Ar e Ar-Terra.
Motor SNECMA M53-P2 controlado por computador.






Dimensões
Envergadura 9,11m
Comprimento 14,56m
Pontos duros (armamento) 9
Armamento Interno (monoposto) Dois
Canhões DEFA 554 de 30 mm, mísseis MICA, Super 530D, AIM-9 Sidewinder, Magic, bombas e mísseis ar-terra diversos

Peso e desempenho

Dassault Mirage 2000
Peso em Configuração de Combate:
9,5t
Tração Máxima do M53-3: 9,8t
Peso Máximo de Decolagem: 17,5t
Velocidade máxima: Mach 2,2
Velocidade de Aproximação: 140 nós
Razão de Subida Máxima: 60.000 pés/min
Velocidade Mínima Autorizada em Vôo: 0
Teto de Subida a 36.000 pés/MACH 1,8: <5>Teto Operacional: 55.000 pés

Alcance, 5 min COMBATE, MACH 0,8 - FL 300: 780 NM


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